sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A luz

Ela acordou sem pressa, ainda com sono. Mas sabia que era hora de acordar. A noite tinha sido ruim, como vinha sendo ultimamente.
Levantou-se, foi na sacada. O dia ainda não tinha nascido. Estava escuro.
Agiu mecanicamente, como sempre fazia, todas as manhãs...
Voltou à sacada. O dia começava a clarear. Tinha começado, enfim!
Saiu, pegou a estrada. Como nos outros dias.
Já no início do caminho ela percebeu a diferença: a luz.
O sol, nascendo tão dourado, parecia diferente. A luminosidade que refletia nos prédios, na estrada, não era como nos outros dias.
Sentiu que a vida valia a pena. A pena...
Não queria sentir dor. Não naquele momento. Não dentro daquele cenário.
Não iria permitir que nenhuma dor penetrasse lá.
O mundo era dela.
Nada mais importava.
A dor... O amor... Que se danassem, enfim!